quarta-feira, 15 de novembro de 2023

 


O Segredo das Letras - Uma Jornada Literária de 14 Anos

Olá, queridos leitores d' "O Segredo das Letras"!

Hoje, é com emoção que estou de volta a este espaço que começou como uma simples ideia em 2009 e se transformou numa jornada incrível ao longo de 14 anos. O Segredo das Letras sempre foi mais do que um blog para mim; é um registro vivo das minhas reflexões, experiências e descobertas literárias.

Quando criei este blog, o objetivo era claro: partilhar não apenas os textos que eu escrevia, mas também os fragmentos das obras que me tocavam profundamente. Queria criar um espaço onde pudéssemos explorar juntos as complexidades da vida, da humanidade e descobrir o propósito desta incrível jornada que todos partilhamos aqui no planeta Terra.

Ao longo dos anos, a vida trouxe novos capítulos, desafios e, claro, uma bagagem literária em constante evolução. Este post marca não apenas um retorno, mas uma celebração de tudo o que "O Segredo das Letras" representa.

Um Olhar para o Passado: Revisitar os primeiros posts é como folhear um álbum de fotos cheio de memórias. Relembrar os textos que escrevi e os excertos que partilhei traz uma sensação de nostalgia. É como redescobrir quem éramos e em quem nos tornámos ao longo desta jornada.

Atualizações Literárias: Desde a última vez que estive aqui, a minha estante de livros cresceu exponencialmente. Novas histórias foram descobertas, novos autores tornaram-se companheiros de jornada. Pretendo partilhar essas novas pérolas literárias convosco e estou ansiosa para saber das vossas recomendações.

Reflexões Contemporâneas: A vida é uma obra em constante edição, e as reflexões sobre a existência, a humanidade e o nosso propósito no mundo evoluíram. Vamos explorar juntos as questões que nos intrigam agora, em 2023, e como as grandes obras literárias continuam a ser nossa bússola nessa viagem.

O Futuro de "O Segredo das Letras": Como uma boa história, "O Segredo das Letras" está longe de chegar ao seu fim. Este post marca não apenas uma recuperação, mas um renascimento. Quero transformar este espaço num ponto de encontro para mentes curiosas, amantes da literatura e pesquisadores de significado.

Convido-vos a embarcar nesta nova fase comigo. Deixem sugestões nos comentários, partilhem as vossas reflexões e, acima de tudo, celebremos a magia das palavras e o poder transformador da literatura.

Estou animada com o que o futuro reserva para "O Segredo das Letras" e mal posso esperar para partilhar esta jornada com cada um de vocês!

Com gratidão,

Ana Paula Reis

O segredo das letras

O segredo das Letras (segredo-das-letras.blogspot.com)

domingo, 4 de janeiro de 2009

As guerras e o terror religioso e este planeta tão pequeno

De vez em quando dou comigo a pensar que este planeta é tão pequeno para as pessoinhas que aqui vivem. Pessoas que ao longo da história da humanidade não são, em absoluto, merecedoras da vida que lhes foi dado viver. Tratam mal o planeta e dão-se o direito de matar outras pessoas porque não professam o mesmo credo.
Nós, os ocidentais da Europa, fizémos isso com as Cruzadas e com a Inquisição e até quando chegámos às partes do mundo que não conhecíamos. Achámos que os povos que lá viviam mereciam morrer porque não acreditavam naquele Deus, proibidor, cruel e castigador, que os crsitãos/católicos ainda hoje acreditam.
No entanto o problema nunca é o Deus, seja ele qual for. É sempre a utilização que os crentes fazem dele.
Hoje em dia são os Israelitas e os Palestinianos. A guerra sem fim daquela parte do mundo, sem qualquer razão, pelo menos para quem não é crente em coisa nenhuma que dê o direito de matar.
Há uns anos atrás o Iraque invadiu o Koweit e lá foram os Americanos, armados em donos do mundo (do mundinho deles, sem dúvida), pôr ordem na cena. Pelo caminho morreram alguns milhares. Mais uns anos e os mesmos Americanos sentem-se no direito de invadir o Afeganistão à procura do Bin Laden, que nunca encontraram e depois a invadir o Iraque, à procura de inexistentes armas de destruição maciça. De todos essas vezes, eu, aqui no meu cantinho da Europa, tive tanta pena de ter de viver no mesmo planeta com as pessoas que acham que têm direitos sobre os outros. E a troco de quê? Da vida depois da morte? Da vida eterna? De um planeta melhor para os que vêm a seguir?
Nada, absolutamente nada, justifica a visão estreita e egoísta dos humanos. Que bom seria se evoluíssemos no sentido do conhecimento, da generosidade e aceitação.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Paz...

Paz ao sonho dos que têm tempo para a leitura.
Paz aos cansados.
Mahmoud Darwish, poeta Palestiniano (1942/2008)

Cruzei-me com esta frase hoje, enquanto lia o jornal. Aparentemente não registei, mas umas horas depois ela surgiu no meu consciente. E dei por mim a reflectir sobre pessoas, que como eu precisam de livros e de ler para sentirem que fazem sentido e que, por esta ou aquela razão, mais ou menos grave, deixam de ter acesso a livros e à leitura. Pessoas que deixam de ter acesso às coisas mais básicas da vida. Se deixam de ter como se alimentar, como se abrigar da intempérie, como se defender da loucura que anima outras estranhas pessoas, como hão-de saciar o espírito no meio das letras que outros alinharam.
E dei comigo a observar-me e uma vez mais a pensar como tenho sorte de me ter calhado esta vida. Se por vezes me queixo é porque, por momentos, não dou o valor merecido ao que tenho. Ainda que efémero, como tudo o que nos rodeia, tenho muita sorte por poder dispor de livros para ler, música para ouvir e a tranquilidade necessária. E ainda me resta tempo e paz para o sonho.
Que todos pudessem ter a sorte que eu tenho.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Ano Novo! De novo...

Como se a passagem do dia de ontem para o de hoje fosse diferente do de hoje para amanhã. Só porque um é uma passagem de dia normal e o outro é também a passagem de um ano. Reflectimos, juntamo-nos aos amigos e família, felicitamo-nos e comprometemo-nos a fazer coisas diferentes e de diferente forma. Na prática criamos essa determinação só mesmo para essa ocasião. Depois os dias vão passando à cadência habitual, e nós, tão cheios de afazeres e sempre a correr atrás de tudo e de nada, lá nos esquecemos de íamos ser pessoas melhores e diferentes. E de preferência até fazemos por não nos confrontar muito com essa pessoa que esconde dentro de nós e normalmente aparece nos últimos momentos do ano velho para se esconder do ano novo logo a seguir.
Pela parte que me toca escrevi num papelinho as minhas resoluções/compromissos para o ano novo. É certo que nesse momento o meu cérebro estava ainda turvo pelo sono e pelo alcool da véspera, mas escrevi 3 disciplinas que pretendo levar a cabo de uma forma o mais regular possível. A ver vamos...

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008


Na minha procura de livros que me possam interessar, porque contam histórias de regiões, que de outra forma, nunca viria a conhecer, apareceu o Halldor Laxness e o seu espírito Islandês. Ainda por cima um prémio nobel.

O primeiro terço do livro, foi um pouco difícil de ler. Nunca cheguei a colocar a hipótese de interromper a leitura, mas sentia que estava a avançar lentamente. Se calhar há livros que pedem e merecem ser lidos à sua própria velocidade. Talvez este seja um deles.

Apesar dessa dificuldade, acabei e gostei muito do livro. Acredito que há conhecimento e emoções que o livro me passou que me acompanharão durante muito tempo.

A história é passada na região que nós, povo do sul quente da Europa, imaginamos inóspita e extraordinariamente fria do território Islandês. E não é só o clima que é inclemente. A solidão das pessoas independentes acaba por ser igualmente dura e desesperante. O afecto e o carinho são palavras muito supérfluas nesta vida de pastores. Muito, mas não inexistentes. A vida gira entre a miséria e o trabalho duro e absorvente e a esperança, apesar de tudo.

Recomendo vivamente a leitura deste livro.


Aqui ficam umas pequenas pérolas.


“(..) começou a contar em poucas palavras o decurso da existência da falecida mulher, que no fundo não era existência nenhuma, apenas uma prova de como o indivíduo é insignificante tal como nos registos da igreja. O que era o indivíduo só por si? Nada, um nome, quando mais uma data. Hoje eu, amanhã vós. Vamos todos juntar-nos na oração a esse Deus que está acima do indivíduo, ao mesmo tempo que os nossos nomes se extinguem nos registos.”


“Esses dias foram bons. Eram serenos, totalmente isentos de hipocrisia, é essa a marca dos melhores dias, nunca mais se apagaram da memória do menino. Nada acontece, uma pessoa simplesmente vive e não deseja nada mais, e nada mais.”


“O mais extraordinário acerca dos sonhos do homem é que todos se realizam; sempre assim foi, ainda que as pessoas não o queiram admitir. E uma peculiaridade do comportamento humano é que ele não fica nada surpreendido quando os seus sonhos se realizam; é como se sempre estivesse à espera de tal coisa. A determinação e o destino são irmãos, e ambos repousam no mesmo coração.”


“Diz-se que quando o homem se tornar merecedor de habitar uma casa melhor, terá uma casa melhor, que surgirá espontaneamente da terra para ele, a vida encarrega-se de brindar o indivíduo com tudo aquilo que ele merece, e o mesmo se diz da nação como um todo.”


“Sempre fui da opinião, disse ele, que uma pessoa nunca deve desistir enquanto for viva, mesmo que nos tenham tirado tudo. Uma pessoa tem sempre o fôlego que paira dentro de si, ou pelo menos pode ser-nos emprestado. Sim, minha pequena, esta noite comi pão roubado e deixei o meu filho em companhia de homens que tencionam dar uma sova às autoridades, por isso achei por bem vir à tua procura hoje de manhã.”

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Feliz Ano Novo


Salvé ao novo ano!
Bom 2008 para todos!
É uma sensação curiosa achar que se tem à frente um ano, novinho, a estrear, para encher, nos primeiros dias, com muitas e boas intenções de fazer coisas que durante o ano passado e os outros não foi possível fazer, provavelmente nem tentado. Como se isso mudasse alguma coisa, como se realmente a intenção fosse mais forte e efectiva pelo facto de o ano novo ter começado.
Mas pronto de boas intenções está o céu e o mundo cheio, e antes as boas que a indiferença. Correndo o risco de entrar, como habitualmente, na voragem dos dias, do tempo, das coisas para fazer, do que é mais importante e do esquecimento, aqui fica a minha, mais humilde possível, lista de intenções para este ano, novinho em folha.
Já há uns dias que tenho posto em prática e salvo não muitas excepções tenho conseguido levar a sério, o ser o mais positiva possível em relação à vida. A tudo o que se me depara pelo caminho, sejam os bons acontecimentos, sejam as adversidades, decidi a partir de um determinado momento, que reagiria a tudo com o mínimo possível de sentimento de contrariedade e tentado responder sempre com um sorriso sincero nos lábios. Mais, tento, e aqui está o mais difícil, que os pensamentos e reflexões sejam também eles de aceitação bem disposta e vontade de estar bem. E porquê esta resolução? Porque quando cheguei a um estado de abandono e tristeza que senti tão imenso, achei que pior não poderia ser e para variar poderia experimentar reagir à adversidade com aceitação, bom humor e sem baixar os braços. Isto é, se por um lado não quero deixar que as “rasteiras” me desanimem, por outro vou acreditar e lutar pelos meus desejos. Se eu estiver de acordo com o cosmo, este vai estar de acordo comigo e a vida vai sorrir-me mais. Assim o acredito e assim o desejo.
E esta é a minha resolução mais importante. Logo a seguir e na mesma sequência vou tentar gostar mais de mim. E para ver se acabo de vez com esta solidão, auto-imposta sabe-se lá porquê, vou trabalhar para me interessar pelas pessoas e por as ouvir e por me importar. Isto porque também concluí que passo tanto tempo sozinha porque simplesmente me afasto e porque não estou disponível para estar, realmente estar, com as outras pessoas. A solidão acaba por ser como uma droga. Odiamo-la porque nos deixa em abandono, mas lá voltamos sempre porque é muito difícil estar com os outros e fazer cedências.
Num outro plano comprometo-me a levar muito a sério o enriquecimento da minha vida profissional. Seja de que forma for, proibido é baixar os braços e deixar rolar. Tenho de batalhar por as horas e dias pelos quais vendo o meu trabalho sejam estimulantes não só pelo dinheiro.
E chega de resoluções de ano novo. Se eu levar estas a sério vou concerteza ter um bom ano.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Porque gosto da imagem! E gosto de astrologia! Porque sim...