De vez em quando dou comigo a pensar que este planeta é tão pequeno para as pessoinhas que aqui vivem. Pessoas que ao longo da história da humanidade não são, em absoluto, merecedoras da vida que lhes foi dado viver. Tratam mal o planeta e dão-se o direito de matar outras pessoas porque não professam o mesmo credo.
Nós, os ocidentais da Europa, fizémos isso com as Cruzadas e com a Inquisição e até quando chegámos às partes do mundo que não conhecíamos. Achámos que os povos que lá viviam mereciam morrer porque não acreditavam naquele Deus, proibidor, cruel e castigador, que os crsitãos/católicos ainda hoje acreditam.
No entanto o problema nunca é o Deus, seja ele qual for. É sempre a utilização que os crentes fazem dele.
Hoje em dia são os Israelitas e os Palestinianos. A guerra sem fim daquela parte do mundo, sem qualquer razão, pelo menos para quem não é crente em coisa nenhuma que dê o direito de matar.
Há uns anos atrás o Iraque invadiu o Koweit e lá foram os Americanos, armados em donos do mundo (do mundinho deles, sem dúvida), pôr ordem na cena. Pelo caminho morreram alguns milhares. Mais uns anos e os mesmos Americanos sentem-se no direito de invadir o Afeganistão à procura do Bin Laden, que nunca encontraram e depois a invadir o Iraque, à procura de inexistentes armas de destruição maciça. De todos essas vezes, eu, aqui no meu cantinho da Europa, tive tanta pena de ter de viver no mesmo planeta com as pessoas que acham que têm direitos sobre os outros. E a troco de quê? Da vida depois da morte? Da vida eterna? De um planeta melhor para os que vêm a seguir?
Nada, absolutamente nada, justifica a visão estreita e egoísta dos humanos. Que bom seria se evoluíssemos no sentido do conhecimento, da generosidade e aceitação.
domingo, 4 de janeiro de 2009
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
Paz...
Paz ao sonho dos que têm tempo para a leitura.
Paz aos cansados.
Mahmoud Darwish, poeta Palestiniano (1942/2008)
Cruzei-me com esta frase hoje, enquanto lia o jornal. Aparentemente não registei, mas umas horas depois ela surgiu no meu consciente. E dei por mim a reflectir sobre pessoas, que como eu precisam de livros e de ler para sentirem que fazem sentido e que, por esta ou aquela razão, mais ou menos grave, deixam de ter acesso a livros e à leitura. Pessoas que deixam de ter acesso às coisas mais básicas da vida. Se deixam de ter como se alimentar, como se abrigar da intempérie, como se defender da loucura que anima outras estranhas pessoas, como hão-de saciar o espírito no meio das letras que outros alinharam.
E dei comigo a observar-me e uma vez mais a pensar como tenho sorte de me ter calhado esta vida. Se por vezes me queixo é porque, por momentos, não dou o valor merecido ao que tenho. Ainda que efémero, como tudo o que nos rodeia, tenho muita sorte por poder dispor de livros para ler, música para ouvir e a tranquilidade necessária. E ainda me resta tempo e paz para o sonho.
Que todos pudessem ter a sorte que eu tenho.
Paz aos cansados.
Mahmoud Darwish, poeta Palestiniano (1942/2008)
Cruzei-me com esta frase hoje, enquanto lia o jornal. Aparentemente não registei, mas umas horas depois ela surgiu no meu consciente. E dei por mim a reflectir sobre pessoas, que como eu precisam de livros e de ler para sentirem que fazem sentido e que, por esta ou aquela razão, mais ou menos grave, deixam de ter acesso a livros e à leitura. Pessoas que deixam de ter acesso às coisas mais básicas da vida. Se deixam de ter como se alimentar, como se abrigar da intempérie, como se defender da loucura que anima outras estranhas pessoas, como hão-de saciar o espírito no meio das letras que outros alinharam.
E dei comigo a observar-me e uma vez mais a pensar como tenho sorte de me ter calhado esta vida. Se por vezes me queixo é porque, por momentos, não dou o valor merecido ao que tenho. Ainda que efémero, como tudo o que nos rodeia, tenho muita sorte por poder dispor de livros para ler, música para ouvir e a tranquilidade necessária. E ainda me resta tempo e paz para o sonho.
Que todos pudessem ter a sorte que eu tenho.
quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
Ano Novo! De novo...
Como se a passagem do dia de ontem para o de hoje fosse diferente do de hoje para amanhã. Só porque um é uma passagem de dia normal e o outro é também a passagem de um ano. Reflectimos, juntamo-nos aos amigos e família, felicitamo-nos e comprometemo-nos a fazer coisas diferentes e de diferente forma. Na prática criamos essa determinação só mesmo para essa ocasião. Depois os dias vão passando à cadência habitual, e nós, tão cheios de afazeres e sempre a correr atrás de tudo e de nada, lá nos esquecemos de íamos ser pessoas melhores e diferentes. E de preferência até fazemos por não nos confrontar muito com essa pessoa que esconde dentro de nós e normalmente aparece nos últimos momentos do ano velho para se esconder do ano novo logo a seguir.
Pela parte que me toca escrevi num papelinho as minhas resoluções/compromissos para o ano novo. É certo que nesse momento o meu cérebro estava ainda turvo pelo sono e pelo alcool da véspera, mas escrevi 3 disciplinas que pretendo levar a cabo de uma forma o mais regular possível. A ver vamos...
Pela parte que me toca escrevi num papelinho as minhas resoluções/compromissos para o ano novo. É certo que nesse momento o meu cérebro estava ainda turvo pelo sono e pelo alcool da véspera, mas escrevi 3 disciplinas que pretendo levar a cabo de uma forma o mais regular possível. A ver vamos...
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