terça-feira, 27 de novembro de 2007

Mensagem de Boas Vindas ao Mundo dos Blogs

Finalmente tenho o meu blog. Andava com esta ideia há já bastante tempo, tipo bichinho da fruta, mas o entusiasmo não era ainda o suficiente para me lançar nesta aventura.
Mas pronto. Aqui está o meu blog. Assim de repente. Uma das dificuldades era arranjar um nome. Nem sempre a imaginação funciona adequadamente para conseguir um bom nome para o blog. Com o impulso de é agora que vou criar o meu blog, o nome surgiu-me quase de imediato e honestidade acima de tudo é pedido emprestado ao livro que me anda neste momento a fazer companhia, Os Jardins da Memória de Orhan Pamuk. Obrigado pela inspiração.
Pretensões e intenções para este blog: as minhas andanças pelos livros e tudo aquilo sobre que me apetecer escrever. Poderá até vir a ser um blog de escrever a vida. Eu gostaria...
Bem vinda então ao Blog! Assíduas e inspiradoras mensagens para mim e para todos os decidirem vir aqui dar um ar de sua graça.

3 comentários:

Beatriz J disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Maria João disse...

Olá
E já está muito giro, espero por novas novidades

Beatriz J disse...

Caríssima amiga e companheira da Rua das Trinas, conta comigo nesta aventura. Terei o maior prazer em acompanhar-te na viagem ao Segredo das Palavras. E a todos os que vieram, que venham por bem, inspirados e com humor para dar. Vamos a isto!!!

Gosto do teu Segredo das Letras, foi uma belíssima escolha. As letras que acertam e fazem palavras. As palavras que acertam e fazem frases. As frases que acertam e fazem histórias. Lembro-me do Livro do Desassossego do ilustre Pessoa a fazer de Bernardo Soares. Transcrevo só algumas passagens. Perdoem-me os puristas por não respeitar o texto na integra. Aqui vai:

“Gosto de dizer. Direi melhor: gosto de palavrar. As palavras são para mim corpos tocáveis, sereias visíveis, sensualidades incorporadas.

Como todos os grandes apaixonados, gosto da delícia da perda de mim, em que o gozo da entrega se sofre inteiramente. E, assim, muitas vezes, escrevo sem querer pensar, num devaneio externo, deixando que as palavras me façam festas, criança menina ao colo delas. São frases sem sentido, decorrendo mórbidas, numa fluidez de água sentida, esquecer-se de ribeiro em que as ondas se misturam e indefinem, tornando-se sempre outras, sucedendo a si mesmas. Assim as ideias, as imagens, trémulas de expressão, passam por mim em cortejos sonoros de sedas esbatidas, onde um luar de ideia bruxuleia, malhado e confuso. “

Já agora deixa-me que te diga que foi um acto de coragem teres lido Rushdie em inglês. Diz ele que "We're an odd lot ... But we get by" e tem razão. Não será esta singularidade que traz cor à vida?

Por agora é tudo. Volto em breve.